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Principais exames do pré-natal: o que você precisa saber

O pré-natal é uma etapa essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê durante a gestação. Além de acompanhar o desenvolvimento fetal, ele permite identificar precocemente possíveis complicações. Durante essa fase, diversos exames são solicitados pelo obstetra para monitorar o bem-estar da gestante e do bebê.

Neste artigo, vamos listar e explicar os principais exames do pré-natal, destacando sua importância em cada fase da gravidez.

A importância dos exames no pré-natal

Realizar os exames indicados durante a gestação é fundamental para:

  • Detectar possíveis doenças ou complicações;
  • Acompanhar o crescimento e desenvolvimento do bebê;
  • Avaliar a saúde da mãe e corrigir eventuais deficiências;
  • Promover um parto mais seguro.

O acompanhamento médico é contínuo, e os exames são pedidos conforme a fase da gestação, respeitando protocolos médicos nacionais e internacionais.

Exames de sangue

Logo no início da gestação, uma bateria de exames de sangue é solicitada para traçar um perfil geral da saúde da mãe.

Hemograma completo

Este exame avalia:

  • Anemia (níveis de hemoglobina e hematócrito);
  • Infecções (pela contagem de leucócitos);
  • Alterações nas plaquetas (essenciais para a coagulação do sangue).

Detectar anemia precocemente é importante, já que ela é comum na gravidez e pode afetar o desenvolvimento do bebê.

Tipagem sanguínea e fator Rh

Saber o tipo sanguíneo da mãe é essencial para:

  • Identificar incompatibilidade sanguínea (especialmente se a mãe for Rh negativa e o bebê Rh positivo);
  • Planejar eventuais aplicações de imunoglobulina anti-D para evitar complicações.

Teste de glicemia de jejum

Esse exame mede o nível de açúcar no sangue e ajuda a identificar o risco de diabetes gestacional, que pode trazer complicações para mãe e bebê se não for controlado.

Sorologias para doenças infecciosas

Esses testes avaliam se a gestante tem ou já teve contato com doenças que podem afetar a gestação:

  • HIV
  • Sífilis (VDRL)
  • Hepatite B e C
  • Toxoplasmose
  • Rubéola
  • Citomegalovírus

Caso o exame indique infecção ativa, o tratamento pode ser iniciado precocemente para proteger o bebê.

Teste para toxoplasmose

Feito através de sorologia, o exame indica se a gestante está imune ou suscetível à toxoplasmose, uma infecção que pode causar sérios problemas no feto.

Se a mãe não tiver imunidade, orientações específicas são dadas para reduzir o risco de contaminação.

Exames de urina

Os exames de urina são fundamentais para:

  • Detectar infecções urinárias (que podem desencadear partos prematuros);
  • Avaliar a função renal da gestante.

Os dois principais exames são:

EAS (Elementos Anormais e Sedimentoscopia)

Identifica a presença de bactérias, proteínas, glicose, e células anormais na urina.

Urocultura

Confirma infecções urinárias e determina qual antibiótico é mais eficaz para o tratamento.

Ultrassonografias

Durante a gestação, várias ultrassonografias são realizadas para acompanhar o crescimento do bebê e detectar possíveis anomalias.

Ultrassonografia transvaginal

Geralmente feita no início da gestação (entre 6 e 9 semanas), confirma a presença do saco gestacional e batimentos cardíacos, além de avaliar a localização da gestação (descartar gravidez ectópica).

Ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre

Feita entre 11 e 14 semanas, avalia:

  • Translucência nucal (indicativo de síndromes genéticas);
  • Formação inicial dos órgãos;
  • Número de bebês.

Ultrassonografia morfológica do segundo trimestre

Realizada entre 20 e 24 semanas, é o exame mais detalhado:

  • Avalia a anatomia do bebê (coração, cérebro, rins, coluna);
  • Verifica a quantidade de líquido amniótico;
  • Analisa a posição da placenta.

Ultrassonografia obstétrica de crescimento

Feita a partir do terceiro trimestre para:

  • Acompanhar o peso e crescimento do bebê;
  • Avaliar o líquido amniótico e a circulação placentária.

Doppler fetal

Avalia o fluxo de sangue no cordão umbilical e artérias uterinas. É fundamental em casos de risco de restrição de crescimento intrauterino.

Exames de fezes

O exame de fezes é solicitado para detectar:

  • Presença de parasitas;
  • Infecções intestinais;
  • Sangue oculto nas fezes.

Embora não seja obrigatório para todas as gestantes, é recomendado em casos de sintomas gastrointestinais.

Exames genéticos e específicos

Dependendo da idade da gestante e do histórico familiar, o obstetra pode sugerir exames genéticos adicionais:

Teste de DNA fetal (NIPT)

Coletado do sangue da mãe, esse exame não invasivo analisa o DNA do bebê para detectar síndromes genéticas como:

  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Edwards;
  • Síndrome de Patau.

Amniocentese

Indicado em casos específicos, é a coleta do líquido amniótico para análise genética mais aprofundada. É um procedimento invasivo e só é realizado com indicação médica.

Teste da curva glicêmica

Entre 24 e 28 semanas de gestação, é solicitado o teste oral de tolerância à glicose para diagnóstico de diabetes gestacional.

Como funciona:

  • A gestante bebe uma solução com alta concentração de glicose;
  • São coletadas amostras de sangue em intervalos regulares para medir a resposta do corpo.

Se identificado, o diabetes gestacional é controlado com dieta, exercício físico e, em alguns casos, medicação.

Avaliação do colo do útero

O colo do útero pode ser avaliado por meio da ultrassonografia transvaginal para:

  • Verificar risco de parto prematuro;
  • Medir o comprimento do colo.

Essa avaliação é mais comum em gestantes com histórico de cirurgias uterinas ou parto prematuro anterior.

Teste para Streptococcus do grupo B

Realizado entre 35 e 37 semanas de gestação, esse exame coleta amostras da região vaginal e retal para detectar a presença da bactéria Streptococcus agalactiae.

Se positivo, antibióticos são administrados durante o trabalho de parto para evitar a transmissão para o bebê.

Checklists de exames por trimestre

Primeiro trimestre (0-12 semanas):

  • Hemograma completo
  • Tipagem sanguínea e fator Rh
  • Sorologias (HIV, sífilis, hepatites, toxoplasmose, rubéola)
  • Urina (EAS e urocultura)
  • Ultrassonografia transvaginal
  • Teste de glicemia de jejum

Segundo trimestre (13-27 semanas):

  • Ultrassonografia morfológica do segundo trimestre
  • Teste da curva glicêmica
  • Urina de controle

Terceiro trimestre (28-40 semanas):

  • Ultrassonografia de crescimento
  • Doppler fetal (se indicado)
  • Teste para Streptococcus do grupo B
  • Repetição de exames de sangue e urina conforme orientação médica

A importância do acompanhamento regular

O sucesso de uma gestação saudável passa pela frequência adequada às consultas de pré-natal.
Em geral, o esquema de consultas é:

  • Uma consulta por mês até 28 semanas;
  • Uma consulta a cada 15 dias entre 28 e 36 semanas;
  • Uma consulta por semana após 36 semanas.

Além disso, é essencial seguir todas as orientações médicas e realizar os exames nos prazos recomendados.

Dicas finais para um pré-natal tranquilo

  • Anote todas as dúvidas e leve para as consultas;
  • Mantenha uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes;
  • Hidrate-se bem;
  • Pratique atividades físicas leves, com liberação médica;
  • Cultive momentos de relaxamento e autocuidado.

A gestação é um momento de transformação intensa, e o pré-natal é o maior aliado da mãe e do bebê para que esse período seja o mais saudável possível.

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